Síndrome do Impacto do Ombro



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Descrição:
A síndrome do impacto é semelhante a uma ler/dort, que pode ser causada pelo excesso de movimentos com o ombro em abdução maior do que 90º de amplitude ou por um trauma. Por isso não devemos dizer que a síndrome do impacto é uma patologia específica, e sim uma denominação geral de algumas lesões no ombro, como por exemplo, as tendinites, as bursites, além de outras.
A síndrome do impacto é uma das causas mais comuns de dores no ombro em adultos.
Resulta de uma pressão na musculatura do ombro (manguito rotador) exercida por parte
da escápula quando o braço é elevado.
O manguito rotador é formado por quatro músculos – o supra-espinhoso, o infraespinhoso,
o subescapular e o redondo menor. Estes músculos cobrem a cabeça do úmero, trabalhando em conjunto para elevar e girar o braço.
O acrômio é a borda frontal da escápula, posicionado acima e na frente da cabeça do úmero. Quando o braço é elevado, ocorre um impacto entre o acrômio e os tendões do manguito rotador. Isto pode causar dor e limitação de movimentos.
A dor pode ser por uma inflamação da bursa (bursite) que cobre o manguito rotador ou uma tendinite do próprio manguito. Algumas vezes, uma ruptura parcial do manguito pode ser a causa da dor.
A síndrome do impacto evolui em três estágios anátomo-patológicos relacionados com os grupos etários em que incide.
O primeiro acomete jovens em torno de 20 anos de idade, principalmente esportistas que fazem movimentos repetitivos e vigorosos de abdução e flexão do braço acima de 90º. É caracterizado por edema, hemorragia e bursa.
O segundo estágio, que atinge pessoas com até 40 anos de idade, é caracterizado por tendinite e fibrose do manguito rotador (principalmente do supra-espinhoso) bursite subacromial (esta quase sempre secundária ao processo patológico dos tendões).
Acredita-se que a maior incidência de casos no músculo supra-espinhoso seja devido a sua maior exposição ao impacto e sua precária vascularização.
O terceiro estágio atinge indivíduos acima de 40 anos, é caracterizado pelo aparecimento de osteófitos no acrômio, articulação acrômio-clavicular e tubérculo maior do úmero, bem como, por ruptura do manguito rotador.
Tipos:
Existem 3 tipos de localização da síndrome:
O primeiro chama-se posterior, mais benigno, deve-se a lesão do supra espinhoso e ou redondo menor, evolui bem com o tratamento conservador. O segundo ou anterior, também benigno, deve-se a lesão do tendão do músculo subescapular. O terceiro, o superior é o mais resistente ao tratamento conservador, deve-se a lesão do tendão do supra-espinhoso.
Em todos os tipos, o fator que desencadeia o processo é a compressão exercida pelo racoacromial sobre o manguito rotador, mas os autores chamam também a atenção para a participação da articulação acrômio-clavicular na fisiopatologia da síndrome do tipo superior.
Nos casos de laceração do manguito rotador, os achados constantes são: movimentos passivos irrestritos atrofia seletiva dos músculos que surgem dentro de 2 semanas após a ruptura , acentuada fraqueza de abdução ou incapacidade de mantê-lo em 90 graus contra a gravidade ou uma pequena resistência, sinal da queda do braço e comunicação entre a articulação do ombro e a bolsa subdeltoídea.
Evolução:
A síndrome do impacto evolui em três estágios anátomo-patológicos relacionados com os grupos etários em que incide.
O primeiro acomete jovens em torno de 20 anos de idade, principalmente esportistas que fazem movimentos repetitivos e vigorosos de abdução e flexão do braço acima de 90º. É caracterizado por edema, hemorragia e bursa.
O segundo estágio, que atinge pessoas com até 40 anos de idade, é caracterizado por tendinite e fibrose do manguito rotador (principalmente do supraespinhoso) bursite subacromial,esta quase sempre secundária ao processo patológico dos tendões).
Acredita-se que a maior incidência de casos no músculo supraespinhoso seja devido a sua maior exposição ao impacto e sua precária vascularização.
O terceiro estágio atinge indivíduos acima de 40 anos, é caracterizado pelo aparecimento de osteófitos no acrômio, articulação acrômio-clavicular e tubérculo maior do úmero, bem como, por ruptura do manguito rotador.
Fatores de risco / prevenção:
A síndrome do impacto é comum tanto em atletas jovens como em pessoas da meia idade. Atletas jovens do tênis, da natação e basquetebol são particularmente vulneráveis. Também aqueles que utilizam as mãos acima da cabeça e em atividades repetitivas. A dor também pode ser resultado de um pequeno trauma ou até mesmo sem causa aparente.
Sintomas:
Os sintomas iniciais podem ser leves. Normalmente os pacientes não procuram tratamento nas fases iniciais.
• Deve-se estar atento a dores leves que estão presentes tanto na atividade quanto no repouso.
• Pode haver dor que vai da parte frontal até a lateral do braço.
• Pode haver dor súbita ao levantar o braço.
• Atletas do tênis podem sentir dor no saque ou nos golpes altos.

A síndrome do impacto normalmente causa dor e inchaço na parte frontal do ombro. Pode haver dor e rigidez na elevação do braço. Também pode haver dor ao se abaixar o braço após este estar elevado.
Quando há progressão do quadro, pode ocorrer dor à noite. Ocorre perda de força e de movimentos. Dificuldade de colocar o braço atrás do corpo, para vestir-se. Em casos avançados, a perda de movimento pode progredir para um “ombro congelado”. Nas bursites agudas, o ombro pode estar com dor intensa. Todos os movimentos podem estar limitados e doloridos.
Diagnóstico:
Para o diagnóstico da síndrome do impacto, o ortopedista avalia os sintomas e o exame
físico do ombro.
Pode ser necessário um exame de raio-X. Uma incidência especial, chamada de “túnel do supra-espinhoso”, algumas vezes pode mostrar um pequeno esporão sob o acrômio, o que irá aumentar o impacto sobre o manguito rotador. Podem ser necessários outros exames, como a ressonância magnética (RM). Este pode mostrar líquidos ou inflamação da bursa e do manguito rotador. Até uma ruptura parcial do manguito pode aparecer na RM.
Algumas vezes, um teste com injeção de anestésico local na bursa, pode ajudar a
confirmar o diagnóstico.
Opções de Tratamento:
O tratamento inicial é conservador, através de repouso, evitando atividades com as braços elevados. Antiinflamatórios normalmente são prescritos. Exercícios de alongamentos para melhorar a mobilidade em ombros rígidos também podem ajudar.
Muitos pacientes se beneficiam com a infiltração de corticóide com anestésicos locais.
Também pode ser recomendada uma reabilitação na fisioterapia. O tratamento pode levar várias semanas ou meses. Muitos pacientes melhoram gradualmente e retornam às suas atividades normais.
Cirurgia - quando o tratamento conservador não alivia a dor, pode ser recomendado o tratamento cirúrgico. O objetivo da cirurgia é remover o impacto criando mais espaço para o manguito rotador. Isto permite que a cabeça do úmero se movimente livremente, elevando-se o braço sem dor. A cirurgia mais comum é a descompressão subacromial, ou acromioplastia anterior. Pode ser realizada por via aberta ou via artroscópica.
Técnica Aberta - requer uma incisão pequena na frente do ombro, permitindo a visualização direta do acrômio e do manguito rotador.
Técnica Artroscópica - duas ou três incisões puntiformes são realizadas, e a articulação é examinada através de uma lente de fibra óptica conectada a uma micro câmera de televisão. Pequenos instrumentos são utilizados para a remoção do osso e da bursa.
Na maioria dos casos a parte frontal (anterior) do acrômio é removida juntamente com a bursa. O cirurgião pode tratar outras patologias presentes no ombro ao mesmo tempo da cirurgia para a síndrome do impacto. Isto pode incluir artrite acrômio clavicular, tendinite do bíceps ou uma ruptura parcial do manguito rotador.
Reabilitação
Após a cirurgia, o braço é colocado em uma tipóia por um período curto. Isto permite uma cicatrização precoce. Quando sentir-se confortável, o paciente pode remover a tipóia e iniciar exercícios e utilizar o braço. O cirurgião deve fornecer um programa de reabilitação conforme os achados durante a cirurgia. Isto deve incluir exercícios para recuperar a mobilidade do ombro e a força do braço. Pode levar de 2 a 4 meses para o alívio completo dos sintomas.
Fontes: American Academy of Orthopaedic Surgeons.
Luciano C. Ramires - lramires@portoweb.com.br
Jenner Randam

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